19.4.07

Do revisionismo aos paradoxos do lado dos "bons"


E de repente o Sr. Mahmoud Ahmadinejad tinha razão e na U.E. passava a estar proibido negar ou duvidar do que nos habituámos a ver como a História da Europa nos anos 40...

De facto, a União prepara-se para aprovar leis neste sentido, vedando a liberdade de expressão e até de investigação para o futuro. Pensemos na Batalha de Aljubarrota: milhares de espanhóis a perder de vista e um punhado de portugueses, uma padeira combatente, etc... Mitos que a investigação posterior desfez, recolocando a verdade histórica.

Se for proibido apresentar novas verdades tudo o que teremos é a história feita nos dias que se seguiram à queda da Alemanha. História feita pelos dois países que haviam de dominar a cena política mundial nas décadas seguintes.

Não sou obviamente defensor dos revisionistas radicais que pretendem negar um grave estremínio racista ocorrido na Europa mas acho que a liberdade de expressão deve ser sempre concedida. Afinal de contas, se temos tanta certeza do que aconteceu como é que pode prejudicar a nossa sanidade colectiva o facto de aparecer alguém que diga o contrário?

E não é do choque de opiniões e descobertas que vem a verdade? Porque é que não se pode investigar mais para afastar a Europa desse fantasma? Era até um sinal de respeito para os mortos às mãos do cruel regime alemão das décadas de 30 e 40 do século XX.

"a União Europeia chegou hoje a acordo para tornar o racismo e a negação do Holocausto um delito em todo o espaço europeu...", pode ler-se no Público Online
E com isto estou já noutro lado... duvidar do holocausto ou defender os palestinianos é ser antisemita; conquistar territórios com tanques e bulldozers, destruir famílias conquistando um território de outra nação é ser o quê? Imperialista? Religiosamente teimoso?

Israel parece querer na Terra Santa o seu "espaço vital", á custa de outro povo. E o que queria o lunático Adolfo quando saiu da Alemanha para a Polónia?

Antonov 124-100 (CGN)


Antonov 124-100 (CGN), originally uploaded by F10 Ghost.

Vi um destes hoje :)

13.4.07

POWER ON SELF TEST


Stop, originally uploaded by Snood.


A foto de hoje é do amigo Paul Hughes, Newscastle. Além de me ter chamado imediatamente a atenção quando a vi (oito meses atrás) esta foto, intitulada "Stop" tornou-se muito mais importante ao ser capa do primeiro album de Alluminia. Chamámos "POST", Power On Self Test, ao album. Coincidência o facto de ser um acrónimo do título da foto.

Amanhã, dia 14 ele vai poder ser ouvido pela primeira vez. Tendo sido escritas maioritariamente por mim, as letras são por um lado um bom complemento aos leitores do "Sure ou Will". Por outro lado, aos ouvintes mais atentos de POST talvez não saiba mal espreitar o SYW.

Unite the sound, como dizem os Blasted Mechanism no último album... Visitem, procurem, pesquisem, saibam mais, critiquem, mudem tudo, revolucionem cada célula do vosso corpo e cada sinapse do vosso cérebro para melhor revolucionar as vidas, sociedades, sistemas.

Eu estarei antento.

5.4.07

Ar quente e húmido


há qualquer coisa de estranho para acontecer a leste daqui...
Israel? Irão? Rússia? Coreia? Ou mais perto, em Santarém?
Sempre a Leste, indica o pêndulo.

Sou só eu ou vocês também sentem que anda por aí uma série de acontecimentos ligados e desligados mas que acabam por se ligar sempre nas cores vermelha, branca e azul? (cores de UK, USA, Russia, Coreia, Cuba...) E a questão da energia na Rússia?

Sente-se aquela coisa no ar, como nos minutos que antecedem ao tremor de terra; como se sentiu antes da Grande Guerra nos anos 10 do século transacto; como se sente sempre antes do cataclismo; como se sentiu em Hiroshima segundos antes de tudo morrer; como se anda a sentir desde o virar do século.

Faltará muito? E depois é a tal anunciada guerra com pedras e paus? Ou não restarão árvores onde arrancar os paus?

4.4.07

O Grande Vazio


empty quarter garage 17-6-05, originally uploaded by localsurfer.


Rub' al Khali (الربع الخالي)
Este grande deserto tem muitas histórias para nos contar, desde as contadas em HollyWood à célebre banda desenhada de Carl Barks em que Scrooge McDuck se aventura pelo deserto com so sobrinhos.

Sugiro que se pense no facto de pessoas em condições semelhantes poderem ter vidas tão diferentes. Umas são a oscilação dramática entre quente e frio, são as grandes dunas mais altas do que a torre Eiffel e os pequenos graos de areia pontuados por uma ou outra forma de vida; outras são apenas o vazio, oscilam entre quente e frio sem mais, não como o chão carregado de imensidão do Rub' al Khali mas como o seu ar, ora sofucante ora gélido.

Uns aventuram-se pelo calor do sol, sujeitos aos ataques de escorpiões experientes nas andanças do deserto, outros deixam-se ficar na primeira sombra ou oásis que encontram (vendendo agasalhos porque na sombra faz frio), fora da realidade.

Enfrentemos a realidade, esmaguemos escorpiões, aguentemos a falta de água fácil...

...chamem-nos de camelos - mas só nós atravessamos o deserto!

3.4.07

We were soldiers once...


General, originally uploaded by Juanvaldaro.


São milhões de contos em roupas, alimentação, logística, transportes, equipamento, propaganda, DESTRUIÇÃO

e depois...

Milhões de contos em roupas, alimentação, assistência, comunicações, habitação, propaganda, RECONSTRUÇÃO

Heróis? Heróis são os polícias e bombeiros, professores e médicos que todos os dias travam guerras ao contrário.

Mas porque raio todos gostamos na mesma da guerra quando ela não nos bate à porta? Será que o telejornal a faz parecer um filme? Ou que o filme que parece um telejornal, de tão real, acaba por destruir as separações que eram necessárias?

Devolvam o horror à guerra, ela merece ser horrorosa, merece fazer vomitar os que não participam nela e os que a encomendam.

Paz

right now

  • Read: "The Other Side Of The Sky", Arthur C. Clarke
  • Watch: "Pulp Fiction", Q. Tarantino
  • Play: N/A
  • Listen: "greateSt HIT", Dream Theater