6.2.08

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IMGP1829bb, originally uploaded by Enolough.


Há uma melancolia idiota a estas horas que é acentuada nos dias que se sentem como Domingo. Digo isto porque há dias-não-Domingo que podem sentir-se como tal, como a terça-feira de Carnaval, por exemplo.
E mesmo eu, que infelizmente não vou trabalhar amanhã, sinto o peso do Domingo nas costas.
Há um sono, um cansaço que parece vindo de uma grande viagem terminada numa grande discussão. Mas não houve nada disto. E o sono é apenas ultrapassado por uma estranha vontade de não dormir para não ser apanhado desprevenido pelo mundo que ainda gira. Enquanto dormimos esta bola azul roda vertiginosamente...
É nestas estranhas alturas, em que não me apetece comer embora tenha fome, em que não quero adormecer embora tenha sono, em que estou farto de toda a música que me chega aos ouvidos mas temo o silêncio, em que quero falar com pessoas mas não tenho paciência para ouvir ninguém...
...é nestas peculiares alturas que pergunto o que raio faço aqui? Não haverá um lugar no mundo onde precisem de alguém para ajudar numa revolução, num motim, numa revolta? A vida parece tão parada.
Oh Deus, porque me largaste logo aqui debaixo deste sol? Porque estou eu em 2008, em Portugal, se podia estar noutro ano qualquer em outro lugar?
Haverá alguma coisa a fazer por aqui que eu ainda não tenha percebido?
E tu que me lês, se precisares de ajuda, diz...

2 comments:

Lolly said...

Abre o atlas mundi, fecha os olhos, aponta o dedo à sorte. Podes ter a certeza que, onde quer que o teu dedo te leve, há sempre qualquer coisa a fazer. Só precisas de abrir os olhos :)**** boa sorte nas revoluções, nas contra-revoluções, nas manifs, nos motins, nos protestos, nas revoltas. Boa sorte em tudo o que te empenhes desde que seja com o coração tão cheio que chega a doer!

Anonymous said...

eu sei que ás vezes parece que não, mas neste mundo, neste ano, digo mesmo, neste país, há uma infinidade de coisas para fazer. talvez não motins, mas concerteza muitas pequenas-grandes revoluções. só precisamos pôr a alma à disposição, e encontraremos muitas causas para lutar. mas isso é essencial, viver com alma, viver de facto.
as tuas revoluções, meu querido, são maiores do que tu talvez consigas compreender. não digo isto por dizer, acredita. sei-o porque tenho as provas entranhadas na pele.

nunca desistas de nada que possa valer a pena

um beijo

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